O método criado por Paulo Freire para alfabetização de adultos
foi, sem dúvida, sua maior contribuição à educação. Não apenas pela capacidade
de alfabetizar em 40 horas. Seu sucesso está marcado pelo fato de ter
desenvolvido um novo conceito de leitura - e com ele um novo conceito de
escrita. Ler, segundo Freire, não é caminhar sobre as letras, mas interpretar o
mundo e poder lançar sua palavra sobre ele, interferir no mundo pela ação. Ler
é tomar consciência. A leitura é antes de tudo uma interpretação do mundo em
que se vive. Mas não só ler. É também representá-lo pela linguagem escrita.
Falar sobre ele interpretá-lo, escrevê-lo. Ler e escrever, dentro desta
perspectiva, é também libertar-se. Leitura e escrita como prática de liberdade.
Ao ler o trecho do livro “Folha Explica: Paulo Freire”, eu lembrei-me da nossa recente capacitação lá em Serra Negra, pois durante as três Oficinas de Ciências muito foi dito sobre Competências Leitora e Escritora, o novo conceito de leitura e escrita definidos por Paulo Freire são exatamente o que nós encontramos em alunos que já desenvolveram essas competências.
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